15 setembro 2011

O Verão está a acabar...



















































Olá queridos papás!
Antes de mais queiram desculpar-nos por há já algum tempo não colocarmos novidades no nosso blog.
Mas Setembro é um mês muito atarefado para nós, educadores de infância!
Além de todo o grupo e espaço para gerir, chegam sempre meninos novos à nossa instituição, os quais requerem bastante atenção, para que estes tenham uma adaptação positiva, além de à escola, a todos os adultos e amigos e espaços, equipamentos e materiais com que se defrontam.
Torna-se assim relevante que o momento de adaptação decorra com a maior serenidade e afecto possíveis, mas também sem hesitações por parte dos pais, para que a criança sinta esta nova etapa como uma situação segura e acolhedora – um caminho por onde se pode aventurar sem receio. Isto porque o Jardim de Infância é um momento e um tempo de socialização para a criança que se diferencia daqueles que ela viveu até essa altura por acontecer num espaço novo, com muitas pessoas novas e longe das figuras parentais e/ou outras significativas.
Se a mãe e o pai estão felizes por a criança estar connosco é porque este é um sítio bom para ela estar. Daí os pais terem que passar essa confiança e segurança às crianças para que tudo decorra da melhor forma. E quando estas percebem que os seus pais voltam sempre para as virem buscar, aprenderão que podem brincar e divertir-se descansadas enquanto eles aqui não estão. E, desta forma, a criança está a crescer certa do amor dos seus pais e educadores.
Deixo-vos então com algumas fotografias das brincadeiras com os nossos meninos (desde os novos até aos finalistas) nas salas e no espaço exterior.
Aproveito para vos mostrar a ida à Quinta Pedagógica e o atelier de barro que aconteceram há duas semanas. Criaram-se peças de arte fantásticas!
A arte infantil acontece, devido a um conjunto de circunstâncias naturais e sociais que se repercutem nas crianças, ao longo do seu desenvolvimento, tanto a nível motor como cognitivo.
A arte infantil como forma de expressão e comunicação é um conceito de arte, cuja definição a considera como forma de pensamento e não como manifestação dos estados emocionais/afectivos da criança.
Os desenhos, pinturas e esculturas das crianças partem de impulsos espontâneos, que excluem a premeditação, respondem aos imperativos do seu nível do estado de desenvolvimento, não têm estilo são um jogo entre símbolos e imagens.
São considerados signos e esquemas concretos onde a criança procura dar significado. Deste modo, a expressão artística da criança, de modo consciente ou inconsciente é uma forma de comunicação, visto que por vezes, transmite a mensagem da criança, ou seja, aquilo que está a pensar e que quer dizer , mas não consegue.
Aproveito também para vos deixar espreitar alguns trabalhos de expressão plástica elaborados ao longo do Verão e já alguns preparativos para o novo ano lectivo que aí se avizinha.
Deixo-vos também com alguns pensamentos acerca da importância da organização do espaço nesta altura do ano e a relevância dos mapas (presenças, calendário, aniversários, comportamento, tarefas...).
“Área" é um termo habitual na educação Pré-escolar para designar formas de pensar e organizar a intervenção do educador e as experiências proporcionadas às crianças. As áreas de conteúdo supõem a realização de actividades, dado que a criança aprende a partir da exploração do mundo que a rodeia. Se a criança aprende a partir de acção, as áreas de conteúdo são mais do que áreas de actividades pois implicam que a acção seja de descobrir relações consigo própria, com os outros e com os objectos, o que significa pensar e compreender. A organização do espaço, no jardim-de-infância, reflecte as intenções educativas do educador pelo que os contextos devem ser adequados para promover aprendizagens significativas, alegria, o gosto de estar no Jardim de Infância e que potenciam o desenvolvimento integrado das crianças que neles vão passar grande parte do seu tempo. As áreas ou os espaços criados na sala do Jardim de Infância não são estanques. Pode-se e deve-se criar novas áreas indo ao encontro do interesse do grupo de crianças, mediante os projectos que se estiverem a desenvolver. As mudanças são feitas com o grupo. Desta forma familiarizam-se com o espaço e participam no processo de organização. O espaço deve ser pensado e organizado em função da criança.
Uma das áreas mais relevantes é a do Acolhimento (roda), que é um local de reunião, onde todos se sentam em grande grupo para partilhar vivências, contar histórias, cantar, realizar alguns jogos, sendo este também o local onde programamos todo o trabalho que pretendemos realizar ao longo do dia, planifica-se com o grupo, preenchem-se os quadros de gestão do grupo, fazem-se avaliações através de registos gráficos e outros. Não é um espaço exclusivo do acolhimento, visto ser também um espaço que as crianças utilizam nas actividades de trabalho autónomo, como a rotina diária, onde marcamos as presenças, observamos e marcamos o tempo, marcamos o dia da semana, dia do mês, ano e mês, marcamos as tarefas diárias... Sentados em roda registamos a data no quadro, registamos no mapa de presenças, as faltas, contamos os meninos que estão na sala e quantos faltam, cantamos e damos os bons dias aos amigos.
A dinamização destes mapas servem para avaliar a criança. A avaliação deverá servir para que cada um e todos em conjunto consigam fazer as suas aprendizagens da forma mais eficaz possível e centrada nos processos e nas relações interpessoais, pois ninguém aprende sozinho.
Até para a semana papás!

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