Olá papás!O inicío do ano lectivo está a ser fantástico, com muitas áreas e brinquedos novos para explorar.
A par das brincadeiras, temos vindo a construir os mapas que irão estar presentes na nossa rotina durante todo o ano. É de salientar que todos estes mapas estão relacionados com o tema do projecto curricular de sala do grupo : "À Descoberta de Portugal".
Assim, o mapa de aniversários é o mapa do nosso país, em que cada região corresponde a um mês e cada criança estampou a sua mão na respectiva data de nascimento.
O comportamento das crianças irá ser avaliado todos os dias, em que cada uma tem de reflectir sobre as suas atitudes e definir se irá obter uma bola vermelha, amarela ou verde. Isto obriga o grupo a ter consciência dos seus actos e a se responsabilizarem pelos mesmos. No final da semana é atribuída uma estrela de recompensa pelo bom comportamento às crianças que tiveram cinco bolinhas verdes. Esta estrelinha transforma-se então num belo docinho ou presente, como reforço positivo.
Esta semana recebemos uma fantástica visita. O Sr. Pirata João veio visitar-nos e gostou tanto de nós que resolveu ficar e ensirnar-nos tudo o que sabe no decorrer deste ano.
Ele parou na Praia da Rocha (o mapa de presenças é a praia onde o pirata atracou e fomos nós que o elaborámos), mas como o seu barco era muito grande e não cabía na nossa sala, ajudamo-lo a construir outro muito bonito, com uma porta para podermos entrar com ele nesta grande aventura, que vai ser descobrir Portugal.
Ele trouxe-nos também uns piratinhas para colorirmos e colocar nos nossos cabides e sapatos de modo a identificar-nos.
Além de tudo isto ele propôs-nos ir com ele dar a volta a Portugal em 9 meses e ensinar-nos os trajes, receitas, músicas, festividades, casas, paisagens, fauna e flora típicas de cada região de Portugal, começando pelo nosso Algarve.
Mais para o interior do país teremos de ir de comboio porque se não houver água o barco não anda. Então o nosso calendário é um comboio que, todos os dias, nos irá levar aos lugares mais escondidos de Portugal.
Foi lindo ver o sorriso estampado do grupo quando entraram e viram o Sr. Pirata na sala. Foi fantástico ouvir as perguntas curiosas de todas as crianças. E o mais especial de tudo isto, foi todos os meninos acreditarem na veracidade deste pirata. Como é bom ser pequenino e acreditar nos sonhos e na fantasia!
É saudável alimentar a imaginação dos mais pequenos. Os dias em que seres inanimados entram na nossa sala são momentos mágicos, com uma dose de encantamento inesquecível. As crianças fazem pedidos e promessas, ajudam a enfeitar e decorar o que lhes é pedido com toda a motivação do mundo, cantam músicas, ouvem histórias...
Independentemente das actividades e rituais de cada família, saiba que o mais importante é alimentar a fantasia, pois como dizia o psicólogo austríaco Bruno Bettelheim (1903-1990) no seu livro "A psicanálise dos contos de fadas", sem ela não existe a possibilidade de uma boa compreensão do que chamamos realidade.
“Para que uma história, por exemplo, realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar a sua curiosidade. Mas para enriquecer a sua vida, precisa estimular-lhe a imaginação; ajudá-la a desenvolver o seu intelecto e a tornar claras as suas emoções”, explica Bettelheim.
Por isso, estimular a fantasia é praticamente um “dever” dos pais e educadores porque faz parte do processo de educação de uma criança. Ao imaginar e brincar, a criança entende e aprende a lidar com os seus sentimentos. Há jogos que ajudam a vencer o medo, outros que representam verdadeiras cerimónias ou rituais de passagem, e os que imitam os grandes sentimentos da vida humana, como brincar de pai e mãe com bonecas.
O educador Celso Antunes, autor de mais de cem obras, entre elas "A linguagem do afecto – Como ensinar virtudes e transmitir valores" (Papirus Editora), reforça: “A criança precisa muito da fantasia, e não apenas como espectadora, mas como protagonista, vivenciando situações como montar a árvore para esperar o Pai Natal ou criar um ninho para o Coelhinho da Páscoa deixar o ovo.
Isso é necessário porque uma das mais importantes condições do cérebro humano é o poder da imaginação, que gera a criatividade e esta, por sua vez, provoca o progresso. Dessa forma, não se pode abrir mão de exercitar a imaginação da criança”.
Para Celso Antunes, a criança saudável saberá separar a fantasia da realidade. “Até os seis anos de idade, a capacidade de imaginar é muito forte, depois diminui”, observa.
“À medida que se desenvolve, adquire a linguagem verbal e internaliza novos conteúdos, e a forma de lidar com a fantasia tende a mudar”, completa Simone Maciel, psicóloga. Mas se uma criança de quatro anos vive no mundo da fantasia e tem dificuldade para aceitar a realidade, o estímulo para ela fantasiar deve ser menor.
No tempo certo, ela irá entender que os seres inanimados são apenas personagens e que só existem no nosso imaginário. “Não acredito que a criança se sinta enganada quando descobre que estas figuras não são reais. Elas vêm acompanhadas de todo um simbolismo e estão dentro de um contexto que permite tal fantasia. São figuras de ‘domínio’ popular, não fazem parte unicamente da vida de um indivíduo,” esclarece Simone Maciel.
Basta visitar uma loja de brinquedos para ver que a variedade é imensa. Sem tirar o mérito desses objectos projectados para desenvolver uma série de habilidades e, é claro, para divertir, o que é certo é que o prazer da brincadeira e do faz-de-conta está sendo deixado de lado.
“Pesquisas apontam que o consumo de brinquedos cresceu, mas não aumentou o número de brincadeiras como a macaca e saltar à corda”, afirma a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro. “O aspecto negativo é que a criança hoje brinca mais com o brinquedo do que com os amigos.” Além de estimular as antigas (e saudáveis) brincadeiras, os pais podem dar uma força à imaginação e apimentar a fantasia do seu filho.
Veja algumas dicas para a época natalícia, por exemplo:
- Monte um calendário de 1° a 24º de Dezembro. A criança aguarda o “grande dia”, abrindo diariamente um saquinho diferente, com uma lembrança ou poesia, que o “Pai Natal” deixou.
- Separe histórias relativas ao tema Natal e leia uma por dia para o seu filho.
- Escolha uma data e combine com o seu filhote a montagem da árvore de Natal.
- Incentive-o a desenhar cartões de Natal para enviá-los aos avós e tios.
- Selecione uma receita de biscoitos ou de um bolo e convide o seu filho a prepará-lo consigo.
- Ajude-o a escrever uma carta ao Pai Natal.
Bem, deixo-vos então a reflectir sobre este assunto e com as magníficas fotografias dos nossos pequenos magníficos!
Independentemente das actividades e rituais de cada família, saiba que o mais importante é alimentar a fantasia, pois como dizia o psicólogo austríaco Bruno Bettelheim (1903-1990) no seu livro "A psicanálise dos contos de fadas", sem ela não existe a possibilidade de uma boa compreensão do que chamamos realidade.
“Para que uma história, por exemplo, realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar a sua curiosidade. Mas para enriquecer a sua vida, precisa estimular-lhe a imaginação; ajudá-la a desenvolver o seu intelecto e a tornar claras as suas emoções”, explica Bettelheim.
Por isso, estimular a fantasia é praticamente um “dever” dos pais e educadores porque faz parte do processo de educação de uma criança. Ao imaginar e brincar, a criança entende e aprende a lidar com os seus sentimentos. Há jogos que ajudam a vencer o medo, outros que representam verdadeiras cerimónias ou rituais de passagem, e os que imitam os grandes sentimentos da vida humana, como brincar de pai e mãe com bonecas.
O educador Celso Antunes, autor de mais de cem obras, entre elas "A linguagem do afecto – Como ensinar virtudes e transmitir valores" (Papirus Editora), reforça: “A criança precisa muito da fantasia, e não apenas como espectadora, mas como protagonista, vivenciando situações como montar a árvore para esperar o Pai Natal ou criar um ninho para o Coelhinho da Páscoa deixar o ovo.
Isso é necessário porque uma das mais importantes condições do cérebro humano é o poder da imaginação, que gera a criatividade e esta, por sua vez, provoca o progresso. Dessa forma, não se pode abrir mão de exercitar a imaginação da criança”.
Para Celso Antunes, a criança saudável saberá separar a fantasia da realidade. “Até os seis anos de idade, a capacidade de imaginar é muito forte, depois diminui”, observa.
“À medida que se desenvolve, adquire a linguagem verbal e internaliza novos conteúdos, e a forma de lidar com a fantasia tende a mudar”, completa Simone Maciel, psicóloga. Mas se uma criança de quatro anos vive no mundo da fantasia e tem dificuldade para aceitar a realidade, o estímulo para ela fantasiar deve ser menor.
No tempo certo, ela irá entender que os seres inanimados são apenas personagens e que só existem no nosso imaginário. “Não acredito que a criança se sinta enganada quando descobre que estas figuras não são reais. Elas vêm acompanhadas de todo um simbolismo e estão dentro de um contexto que permite tal fantasia. São figuras de ‘domínio’ popular, não fazem parte unicamente da vida de um indivíduo,” esclarece Simone Maciel.
Basta visitar uma loja de brinquedos para ver que a variedade é imensa. Sem tirar o mérito desses objectos projectados para desenvolver uma série de habilidades e, é claro, para divertir, o que é certo é que o prazer da brincadeira e do faz-de-conta está sendo deixado de lado.
“Pesquisas apontam que o consumo de brinquedos cresceu, mas não aumentou o número de brincadeiras como a macaca e saltar à corda”, afirma a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro. “O aspecto negativo é que a criança hoje brinca mais com o brinquedo do que com os amigos.” Além de estimular as antigas (e saudáveis) brincadeiras, os pais podem dar uma força à imaginação e apimentar a fantasia do seu filho.
Veja algumas dicas para a época natalícia, por exemplo:
- Monte um calendário de 1° a 24º de Dezembro. A criança aguarda o “grande dia”, abrindo diariamente um saquinho diferente, com uma lembrança ou poesia, que o “Pai Natal” deixou.
- Separe histórias relativas ao tema Natal e leia uma por dia para o seu filho.
- Escolha uma data e combine com o seu filhote a montagem da árvore de Natal.
- Incentive-o a desenhar cartões de Natal para enviá-los aos avós e tios.
- Selecione uma receita de biscoitos ou de um bolo e convide o seu filho a prepará-lo consigo.
- Ajude-o a escrever uma carta ao Pai Natal.
Bem, deixo-vos então a reflectir sobre este assunto e com as magníficas fotografias dos nossos pequenos magníficos!
Bom fim de semana!
Sem comentários:
Enviar um comentário